Libertando-se do obsoleto com Vanessa Lopes
Sorriso encantador, negra de olhos castanhos e cabelos cacheados, Vanessa Lopes nasceu as 10:03h de uma quarta feira ensolarada e quente no primeiro dia de maio de 1997. Com o dom do canto que segundo ela “Foi um presente dado diretamente por Deus”. Vanessa é cristã e congrega na Paróquia Anglicana do Espirito Santo (PAES) em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, há aproximadamente 14 anos.
Vanessa, hoje, com 19 anos está sempre surpreendendo seus amigos. Além de ser autodidata, pois aprendeu a tocar violão apenas ouvindo os sons do instrumento, ela possui o gosto, peculiar, de colecionar coisas que para ela se constrói história. Seja ela pessoal ou global. Ela guarda em seu quarto cerca de 5 coleções variadas, entre elas, cartões, conchas e moedas.
“Para mim tudo é surpreendente e inspirador” diz ela sobre uma de suas coleções. Van, como sua irmã carinhosamente a chama, atua em oposição a obsolescência, mesmo sendo em coisas pequenas. Comporta-se como se estivesse vivendo um pouco do infinito a cada objeto que consegue achar, tendo como início a sua indecisão com o modelo do chaveiro dado por sua avó. Após esse evento, Vanessa repensou o fato das pessoas cultuarem o descarte e o quanto era prejudicial ao planeta e decidiu mudar.
O círculo de amizade dessa garota já sabe que o presente de aniversário perfeito sempre é algo inusitado e diferente, logo a presenteiam com artesanato ou algo da natureza. Como, por exemplo, o Souvenir de inseto do laboratório de biologia e o chaveiro de crochê produzido por uma amiga próxima dela.
Na idade de Vanessa Lopes, o esperado é que ela esteja focada em tecnologia, porém ela tem se mostrado muito diferente. Usando seu tempo livre para procurar completar suas coleções ou para cantar. Não é atuante como cantora, mas costuma a gravar alguns covers de banda gospel ou em decorrência de pedidos amistosos de MPB.
A luta pelo fim do descarte é árdua, mas Van tem se feito presente, com o objetivo principal de manter o planeta em condições de habitação. Sendo assim, ela vai tentando mudar seus familiares, começando pela irmã caçula, Marcela, e partindo para os amigos, sempre em harmonia com o que é biologicamente sustentável. Biologia marinha sempre foi o amor “platônico” de Vanessa, que, hoje cursa o 3° período de Odontologia, mas é apaixonada por tubarões e conchas. Tendo a última como a sua coleção favorita, de acordo com as palavras, seu prazer de andar na praia descalça é senti-las em seus pés.
Segundo o ditado popular, tudo em excesso faz mal, e a tecnologia em massa fez a sociedade, fazendo com que deixasse de lado as pequenas coisas, estas que tornaram-se mais acessíveis. Vanessa tem sido de modo indireto, a forma de conscientização, ou seja, não se fala mais de lixo para reciclar, mas de arte. Ela sabe o quanto o planeta precisa de ajuda e o quanto as pessoas só ajudam na publicidade, então de um jeito cativante ela planeja mostrar o infinito e além para cada amigo, esperando que isso seja imortalizado.
O infinito para ela diz mais que o universo, afirma uma nova oportunidade de fazer o bem ao ambiente que ela vive. Fazendo essa novidade ser um viés sustentável, que impede a acumulação, e transformando em arte e cultura.